‘’Pouco a pouco iniciei a caminhada....fui aprendendo a conhecer minha alma e perceber minha essência ...Deus vem me ensinado a olhar além do horizonte ,a encontrar o brilho das estrelas e o esplendor do luar nas noites de minha existência....a aquecer meu coração nos raios do sol,e ver mais que beleza na grandeza de Sua Criação...Mesmo quando nada mais houver,ainda assim me restará a esperança .Crer quando tudo parece impossível....semear as sementes ainda que o terreno seja infértil ....e colher os frutos com alegria e gratidão ....pois hoje sei que nunca estive só ....Aos amigos espirituais, meus companheiros de toda vida ...a todos meu amor e minha gratidão...’’

quinta-feira, 31 de maio de 2012

ATIVANDO O SEU ELEMENTO DE PODER

 
Ativando o seu elemento:
Ao descobrir qual é o seu elemento, você de ativá-lo para que assim possa viver em harmonia com ele e usufruir de todo o pode que ele tem a lhe oferecer.

Elemento Ar:
Gêmeos
Libra
Aquário
Você deve ativá-lo virado para o leste, onde o sol nasce.
Acenda um incenso.
Sente-se respire profundamente, relaxe. Sinta o AR entrando e saindo pelas suas narinas, então dirija a sua consciência para este AR que está entrando e saindo do seu Ser, não pense em nada apenas sinta, após relaxar e sentir o valor e a necessidade que corpo tem deste elemento, eleve seus pensamentos ao seu terceiro olho, deixe que ele se abra e lhe mostre o caminho a seguir, deixasse então a imaginação fluir, e entre em contato com este elemento, visualize seus representantes (Silfos, fadas e elfos) converse com eles e lhes peçam para ativar-se em sua vida, se manifestando de forma agradável e gentil. Abra os braços e tome consciência do AR ao seu redor, agradeça a mãe natureza e retorne.

Benefícios: Sabedoria e discernimento.
Poder: Ativa a consciência divina e a clarividência.
Arcanjo regente: Uriel.
Instrumento de Poder: Espada.
Estação do ano: Primavera.
Manifestação: Manhã.
Portal mágico: Leste.
Elementais: Fadas, Silfos e Elfos.

Elemento Fogo:
Áries
Leão
Sagitário
Você deve ativá-lo virado para sul, sol do meio dia.
Acenda uma vela ou faça na luz do sol.
Sente-se, relaxe, acalme os seus batimentos cardíacos, sinta-o bater, respire de vagar, controle-se e permita sentir o fluxo do seu calor interno, sinta o calor que você gera, apenas sinta o poder do teu calor. Se entregue a ele e permita-se entrar em si, o seu sangue corre pelas suas veias, o seu coração bate incessantemente tudo em você é vida e calor, tenha esta consciência. Concentre-se no alto da sua cabeça, e receba a energia do sol, apenas deixe ela penetrar em você com um feche de luz que invade seu corpo lhe gerando calor e iluminação espiritual, receba a purificação do seu espírito através das sagradas chamas do elemento do FOGO, estando em contato com o divino, ative o seu Dragão interno e lhe peça o poder do equilíbrio e da coragem, serenamente deixe ele te responder com gestos calorosos e magnéticos, receba este dom, agradeça a Deus e retorne.

Benefícios: Equilíbrio e elevação do espiritual.
Poder: Magnetismo coragem.
Arcanjo regente: Miguel.
Instrumento de poder: Bastão.
Estação do ano: Verão.
Manifestação: Horário mais quente do dia (meio dia)
Portal mágico: Sul
Elementais: Dragões e Salamandras.


Elemento Água:
Câncer
Escorpião
Peixes
Encha uma bacia com água e coloque a sua frente.
Deve ser ativado virado para oeste onde o sol se põe.
Relaxe e sinta-se livre, respire profundamente e permita que seu corpo se solte, entre em contanto com o seu interior, e em suas entranhas, sinta a umidade do seu ser em tudo, o seu corpo é 70% ÁGUA (liquido), permita sentir estes líquidos, que estão por toda parte em você, comece pela boca, sinta a sua saliva, a umidade dos seus olhos e assim vá entrando dentro de si, e vendo o oceano que existe em você. Abra-se para a emoção e deixe toda a mágoa rancor irem embora, limpe-se das impurezas, visualize um riacho lindo e cristalino e entre nele, deixe tudo ir, renove-se, agora se permita falar com os seus elementais, peça à eles o amor, vida e alegria, peça gentilmente à manifestação delas, As Sereias, Ondinas e Ninfas a manifestação em sua vida. Agradeça a Deus e a mãe natureza, e volte serenamente.

Benefícios: Saúde, tranqüilidade mental.
Poder: O de curar com as mãos através do amor e consciência de vida ao seu redor.
Arcanjo regente: Rafael.
Instrumento de poder: Taça (representado pelo cálice sagrado).
Estação do ano: Outono.
Manifestação: Final da Tarde.
Portal mágico: Oeste.
Elementais: Sereias, Ondinas e Ninfas.


Elemento Terra:
Touro
Virgem
Capricórnio
Tenha algo que represente a terra, pode ser um cristal, pedra, jardim ou um vaso de plantas.
Deve ser feito virado para o Norte.
Após relaxar e sentir todo o seu corpo quieto, em uma meditação de paz e tranqüilidade, de preferência em um lugar natural e sentado ou deitado no chão.
Sinta a sua energia, sinta o seu corpo fisicamente, como ele faz parte de tudo que está ao redor dele, como ele se completa com toda a natureza com tudo que é físico e terreno, deixa essa energia sair pelo seu corpo e ir de encontro com a terra que te rodeia. Deixe ela ir e vir de volta para você. Apenas sinta a força do poder da matéria em sua vida. Entrando pela base da sua coluna no seu cóquis, permita se unificar com a TERRA. Por entre árvores dentro de uma floresta, entre em contato com os gnomos e converse com eles, peça gentilmente que libere o fluxo da natureza em sua vida. Agradeça a Deus e volte.

Benefícios: Aquisição de bens materiais e sorte.
Poder: Proteção natural e aumento do potencial físico.
Arcanjo regente: Gabriel.
Instrumento de poder: Escudo.
Estação do ano: Inverno.
Manifestação: Noite.
Portal mágico: Norte.
Elementais: Sereias, Gnomos e duendes.



SARAVÁ AOS CIGANOS DA UMBANDA! SALVE SANTA SARA!


Os carroções se alinham na noite onde a lua se debruça inteira, para ver os ciganos acenderem as fogueiras. As estrelas parecem que acendem mais luzes, piscando na cadencia dos passos, enquanto a música e canto entoam comemorações à vida.
Quando os ciganos dançam, eles estão se embalando no Universo, rodopiam com suas cores, caleidoscópio de matizes, comungam com a Mãe Terra, com seus pés descalços, enquanto seus corações pulsam nas vibrações dos mundos.
Enquanto uma cigana se dedica, e tece sua magia, ela acalenta os seres, e se torna Una com o Todo, com o Alfa e o Ômega, com o Ying e o Yang, ela compreende o eterno e o átimo, no instante que paira entre o tempo e espaço.
No coração cigano, sempre tocam os violinos, o sol ilumina os campos verdejantes de sua alma e a lua mostra as verdades que procura. Nele também encontram as claridades de tempos remotos, traz sua herança de muitas batalhas ganhas, também do sangue derramado, e a consciência que deve prosseguir incólume em concordância com suas origens.
A verdade para um cigano não está nas convenções vigentes, mas naquilo que entende que o levará à sua integridade moral e espiritual. Seus valores são os da amizade, laços de família, felicidade, retidão, preservação dos princípios e sua palavra é o seu maior tesouro.
Cigano de Aruanda, Cigano que segue nesta banda, segue discreto e invisível, não precisa de ostentação. Para alguns faz ouvir as castanholas, o sapatear e o seu sorriso, faz vilumbrar seu punhal e sua intrepidez. Cigano da Umbanda, seja pelos Orixás para sempre abençoado. Traz sua Arte, sua Luz, sua Bondade, sua Sabedoria, Beleza e Alegria. Segue conosco e mostra as trilhas, para que não nos percamos das caravanas, para que atrás do carreiro sigamos e possamos aprender a ser livres, eternos e inteiros como és.
Salve a Sua Força, Salve à sua Coroa Bendita, Salve Ciganos da Umbanda, sob a égide de Santa Sara, sob suas bênçãos, seu Amor e sua maravilhosa Força!
E livre-nos, Santa Sara, de toda a demanda, todo o erro e toda desavença. Cubra-nos com sua Luz, sua Proteção e Bondade! Que esteja sempre em nossos corações, inesquecível e amada, em todos os momentos!
Opcha!!!
Alex de Oxóssi
Rio Bonito – RJ

AS ENTIDADES CIGANAS NA UMBANDA



“Eu vi um formoso Cigano
Sentado na beira do Rio
Com seus cabelos negros
E os olhos cor de anil
Quando eu me aproximava o cigano me chamou
Com seus dados nas mãos
O cigano me falou
Seus caminhos estão abertos
Na saúde, na paz e amor,
Foi se despedindo e me abençoou
Eu não sou daqui, mas vou levar saudades,
Eu sou o Cigano Pablo, lá das Três Trindades.”

Esta linha de trabalhos espirituais já é muito antiga dentro da Umbanda, e “carregam as falanges ciganas juntamente com as falanges orientais uma importância muito elevada, sendo cultuadas por todo um seguimento espírita e que se explica por suas próprias razões, elegendo a prioridade de trabalho dentro da ordem natural das coisas em suas próprias tendências e especialidades.
Assim, numerosas correntes ciganas estão a serviço do mundo imaterial e carregam como seus sustentadores e dirigentes aqueles espíritos mais evoluídos e antigos dentro da ordem de aprendizado, confundindo-se muitas vezes pela repetição dos nomes comuns apresentados para melhor reconhecimento, preservando os costumes como forma de trabalho e respeito, facilitando a possibilidade de ampliar suas correntes com seus companheiros desencarnados e que buscam no universo astral seu paradeiro, como ocorre com todas as outras correntes do espaço.
O povo cigano designado ao encarne na Terra, através dos tempos e de todo o trabalho desenvolvido até então, conseguiu conquistar um lugar de razoável importância dentro deste contexto espiritual, tendo muitos deles alçado a graça de seguirem para outros espaços de maior evolução espiritual, juntamente com outros grupos de espíritos, também de longa data de reencarnações repetidas na Terra e de grande contribuição, caridade e aprendizado no plano imaterial.
A argumentação de que espíritos ciganos não deveriam falar por não ciganos ou por médiuns não ciganos e que se assim o fizessem deveriam faze-lo no idioma próprio de seu povo, é totalmente descabida e está em desarranjo total com os ensinamentos da espiritualidade sua doutrina evangélica, até as impossíveis limitações que se pretende implantar com essa afirmação na evolução do espírito humano e na lei de causa e efeito, pretendendo alterar a obra divina do Criador e da justiça divina como se possível fosse, pretendendo questionar os desígnios da criação e carregar para o universo espiritual nossas diminutas limitações e desinformação, fato que nos levaria a inviabilização doutrinária. Bem como a eleger nossa estada na Terra como mera passagem e de grande prepotência discriminatória, destituindo lamentavelmente de legitimidade as obras divinas.
Outrossim, mantêm-se as falanges ciganas, tanto quanto todas as outras, organizadas dentro dos quadros ocidentais e dos mistérios que não nos é possível relatar. Obras existem, que dão conta de suas atuações dentro de seu plano de trabalho, chegando mesmo a divulgar passagens de suas encarnações terrenas. Agem no plano da saúde, do amor e do conhecimento, suportam princípios magísticos e tem um tratamento todo especial e diferenciado de outras correntes e falanges.
Ao contrário do que se pensa os espíritos ciganos reinam em suas correntes preferencialmente dentro do plano da luz e positivo, não trabalhando a serviço do mau e trazendo uma contribuição inesgotável aos homens e aos seus pares, claro que dentro do critério de merecimento, tanto quanto qualquer outro espírito teremos aqueles que não agem dentro desse contexto e se encontram espalhados pela escuridão e a seus serviços, por não serem diferentes de nenhum outro espírito humano.
Trabalham preferencialmente na vibração da direita e aqueles que trabalham na vibração da esquerda, não são os mesmo espíritos de ex ciganos, que mantêm-se na direita, como não poderia deixar de ser, e, ostentam a condição de Guardiões e Guardiãs. O que existe são os Exus Ciganos e as Moças Ciganas, que são verdadeiros Guardiões à serviço da luz nas trevas, como todo Guardião e Guardiã dentro de seus reinos de atuação, cada um com seu próprio nome de identificação dentro do nome de força coletivo, trabalhando na atuação do plano negativo à serviço da justiça divina, com suas falanges e trabalhadores, levando seus nomes de mistérios coletivos e individuais de identificação, assunto este que levaria uma obra inteira para se abordar e não se esgotaria.
Contudo, encontramos no plano positivo falanges diversas chefiadas por ciganos diversos em planos de atuação diversos, porém, o tratamento religioso não se difere muito e se mantêm dentro de algumas características gerais. Imenso é o número de espíritos ciganos que alcançaram lugar de destaque no plano espiritual e são responsáveis pela regência e atuação em mistérios do plano de luz e seus serviços, carregando a mística de seu povo como característica e identificação.
Dentro os mais conhecidos, podemos citar os ciganos Pablo, Wlademir, Ramirez, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor, Vitor e tantos outros, da mesma forma as ciganas, como Esmeralda, Carme, Salomé, Carmensita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaira, Sunakana, Sulamita, Wlavira, Iiarin, Sarita e muitas outras também. É imprescindível que se afirme que na ordem elencada dos nomes não existe hierarquia, apenas lembrança e critério de notoriedade, sem contudo, contrariar a notoriedade de todos os outros ciganos e ciganas, que são muitos e com o mesmo valor e importância.
Por sua própria razão diferenciada, também diferenciado como dissemos é a forma de cultuá-los, sem pretender em tempo algum estabelecer regras ou esgotar o assunto, o que jamais foi nossa pretensão, mesmo porque não possuímos conhecimento de para tanto. A razão é que a respeito sofremos de uma carência muito grande de informação sobre o assunto e a intenção é dividir o que conseguimos aprender a respeito deste seguimento e tratamento. Somos sabedores que muitas outras forças também existem e o que passamos neste trabalho são maneiras simples a respeito, sem entrar em fundamentos mais aprofundados, o que é bom deixar induvidosamente claro.
É importante que se esclareça, que a vinculação vibratória é de axé dos espíritos ciganos, tem relação estreita com as cores estilizadas no culto e também com os incensos, pratica muito utilizada entre ciganos. Os ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada cigano tem sua cor de vibração no plano espiritual e uma outra cor de identificação é utilizada para velas em seu louvor. Uma das cores, a de vinculação raramente se torna conhecida, mas a de trabalho deve sempre ser conhecida para prática votiva das velas, roupas, etc.
Os incensos são sempre utilizados em seus trabalhos e de acordo com o que se pretende fazer ou alcançar.
Para o cigano de trabalho se possível deve-se manter um altar separado do altar geral, o que não quer dizer que não se possa cultua-lo no altar normal. Devendo esse altar manter sua imagem, o incenso apropriado, uma taça com água e outra com vinho, mantendo a pedra da cor de preferencia do cigano em um suporte de alumínio, fazendo oferendas periódicas para ciganos, mantendo-o iluminado sempre com vela branca e outra da cor referenciada. Da mesma forma quando se tratar de ciganas, apenas alterando a bebida para licor doce. E sempre que possível derramar algumas gotas de azeite doce na pedra, deixando por três dias e depois limpá-la.
Os espíritos ciganos gostam muito de festas e todas elas devem acontecer com bastante fruta, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, podendo se encher jarras de vinho tinto com um pouco de mel. Podendo ainda fatiar pães do tipo broa, passando em um de seus lados molho de tomate com algumas pitadas de sal e leva-los ao forno, por alguns minutos, muitas flores silvestres, rosas, velas de todas as cores e se possível incenso de lótus.
As saias das ciganas são sempre muito coloridas e o baralho, o espelho, o punhal, os dados, os cristais, a dança e a música, moedas, medalhas, são sempre instrumentos magísticos de trabalho dos ciganos em geral. Os ciganos trabalham com seus encantamentos e magias e os fazem por força de seus próprios mistérios, olhando por dentro das pessoas e dos seus olhos.
Uma das lendas ciganas, diz que existia um povo que vivia nas profundezas da terra, com a obrigação de estar na escuridão, sem conhecer a liberdade e a beleza. Um dia alguém resolveu sair e ousou subir às alturas e descobriu o mundo da luz e suas belezas. Feliz, festejou, mas ao mesmo tempo ficou atormentado e preocupado em dar conta de sua lealdade para com seu povo, retornou à escuridão e contou o que aconteceu. Foi então reprovado e orientado que lá era o lugar do seu povo e dele também. Contudo, aquele fato gerou um inconformismo em todos eles e acreditando merecerem a luz e viver bem, foram aos pés de Deus e pediram a subida ao mundo dos livres, da beleza e da natureza. Deus então, preocupado em atende-los, concedeu e concordou com o pedido, determinando então, que poderiam subir à luz e viver com toda liberdade, mas não possuiriam terra e nem poder e em troca concedia-lhes o Dom da adivinhação, para que pudessem ver o futuro das pessoas e aconselha-las para o bem.
É muito comum usar-se em trabalhos ciganos moedas antigas, fitas de todas as cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços coloridos, folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas de vime, pedras coloridas, areia de rio, vinho, perfumes e escolher datas certas em dias especiais sob a regência das diversas fases da Lua…”
Trecho extraído do livro “Rituais e Mistérios do Povo Cigano

SANTA SARA KALI



A PADROEIRA DO POVO CIGANO
O povo cigano é envolvido de mistérios. Da Lua Cheia, retira a magia; da dança e da música, toda a alegria; da natureza, a força e a energia. E para Santa Sara, ou Sarah Kali (pronuncia Kalí), ele volta sua fé, seus pedidos e seus agradecimentos.
A religiosidade faz parte da vida dos ciganos, desde o nascimento até a morte, e para poderem cultuar seus santos sem serem vítimas dos preconceitos dos não-ciganos, costumavam se converter à religião dominante do local em que se estabeleciam. Então, os grupos que foram para a Europa se declararam católicos e se ligaram a Santa Sara que tinha origens misteriosas e a pele morena, como eles.
Para desvendar um pouco do mistério que acompanha Santa Sara e descobrir porque ela é tão venerada pelos ciganos, é preciso voltar ao tempo. Ela é considerada uma santa católica, mas não passou pelos processos de canonização desta igreja. Também se liga a uma forte tradição européia medieval, o culto às virgens negras. Muitas santidades femininas, representadas por estátuas negras, foram adoradas durante toda a Idade Média. Durante a Santa Inquisição, os ciganos eram considerados bruxos e eram marginalizados pela igreja. Para que Santa Sara Kali fosse santificada pela igreja católica, foi preciso trocar sua origem cigana, para de escrava egípcia. Não se conhece a razão exata que levou os ciganos a eleger Santa Sara como sua padroeira.
Os dias 24 e 25 de maio são consagrados ao culto da Santa. Para os ciganos, a peregrinação festiva até Camargue, para a adoração da santa, é uma tradição sagrada e secular. Milhares de ciganos de quase todas as regiões da Europa, África, Oriente e dos quatro cantos do mundo, reúnem-se na pequena igreja de Saint-Michel em louvor e homenagem a Sara.
Uma semana antes da festa, numerosas clãs e grupos ciganos, vindos de todas as partes do mundo, chegam à região para a procissão. A figura da santa negra é transportada no andor pelas ruas da vila e a viagem termina nas águas do Mediterrâneo.
A passagem dos ciganos por aquela vila francesa não tem apenas um objetivo religioso. Durante cerca de uma semana os ciganos mostram o que a sua cultura tem de mais belo e tradicional, com os ciganos a encher as pequenas ruas de Saintes-Maries-de-la-Mer com a música e as danças tradicionais. Os terrenos em redor da vila são totalmente ocupados pelos acampamentos ciganos. Mas, salvo raras exceções, as carroças de tração animal do passado deram hoje lugar às cômodas "roulottes" (ou traillers), com televisão e parabólica puxadas pelos últimos modelos das mais conceituadas marcas automóveis. E todos os anos, no dia 24 de Maio, a história repete-se...

O Local da Peregrinação:
No sul da França, entre os rios Grand Rhône e Petit Rhône, situa-se a planície dos alagados de Camargue.
Camargue tornou-se célebre pelas festas que acontecem na cidade de LES-SAINTES-MARIES-DE-LA-MER, pacata vila com cerca de três mil habitantes, região de Provence no sul da França; pelo seu caráter religioso e peregrino. A serenidade da localidade é abalada com a chegada dos cerca de dez mil ciganos, que conseguem trazem a cor, o odor e o som característicos.


Histórias ou Lendas?
Segundo alguns historiadores, por volta dos anos 50 d.c, uma embarcação teria cruzado os mares a partir de terras Palestinas levando a bordo para fugir das perseguições de Roma aos primeiros cristãos, um grupo de personagens bíblicos: Maria Jacobina ou Jacobé, irmã de Maria, mãe de Jesus, Maria Salomé, mãe dos apóstolos Tiago e João, Maria Madalena, Marta, Lázaro, Maximiliano e Sara, uma negra serva das mulheres santas e aportado em uma pequena ilha situada em águas do Mediterrâneo. Milagrosamente, a barca sem rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Petit-Rhône, hoje a tão querida Saintes-Maries-de-La-Mer. Sara cumpriu a promessa até o final dos seus dias. Sara teria sido uma das primeiras convertidas ao cristianismo e morrido a serviço de suas companheiras de viagem.
Uma outra versão contada é que Sara era uma escrava egípcia de uma das três Marias, Madalena, Jacobé ou Salomé; e junto com José de Arimatéia, Trófimo e Lázaro foi colocada, pelos judeus, em uma barca sem remos e alimentos. Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar. Aí então Sara retira o diklô (lenço) da cabeça, chama por Kristesko (Jesus Cristo) e promete que se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus, e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito (acredita-se que deste gesto de Sara Kali tenha nascido a tradição de toda mulher cigana casada usar um lenço que é a peça mais importante do seu vestuário: a prova disto é que quando se quer oferecer o mais belo presente a uma cigana se diz: Dalto chucar diklô (Te darei um bonito lenço)). Talvez por um milagre, ou por obra do destino, eles chegaram a salvo a uma praia próxima a Saintes Maries de La Mer. Depois de muitos dias, o barco foi resgatado por moradores de uma vila próxima aos arredores da costa marítima. Todos, por serem brancos, foram acolhidos, exceto Sara, por ser escrava (egípcia) e negra. Um grupo de ciganos a fez, pois estavam nas proximidades e presenciaram o fato. Sendo assim, passaram a cuidar de Sara, que, com sua morte, posteriormente, os mesmos passaram a recorrer com pedidos à mesma, por ter sido uma pessoa querida em vida, e esta, os atendeu em espírito, realizando milagres. A partir disso, Sara se tornou Mãe e Rainha dos Ciganos, honrando-os e protegendo-os. O surgimento de sua capela - foi criada após a sua morte. Quando veio à falecer, os Ciganos foram até a igreja da vila pedindo que seu funeral se realizasse na mesma. Devido ao preconceito, os católicos da época recusaram. A partir de então, foi feito uma espécie de gruta/igreja para Sara, visitada até os dias de hoje. Quando em 1935 a Igreja tirou Sarah de sua Cripta, muitos ciganos se aplicaram à prova do punhal (punhal avermelhado no fogo sobre a veia do pulso). Diz-se que o Sol queimou o olhar de Sarah.
Quando o número de ciganos aumentou, a Cripta não deu para todos, e foi feito um acordo entre um gadjo chamado "Marquês de Baroncelli" e um cigano chamado "Cocou Baptista", um chefe cigano muito influente. Até um certo tempo o acordo foi cumprido, mas os seus sucessores não levaram o trato a diante. Este chefe cigano foi usado, simplesmente um instrumento do gadjo, ele foi renegado e expulso pelo povo cigano.
Os ciganos de origem Calon, com o passar dos anos, alteraram algumas palavras da língua regional do povo cigano. Devido a estas alterações, houve algumas modificações idiomáticas no significado das palavras. Entre elas, podemos citar a palavra Kalin, que em Calon representa a palavra "cigana". Já para os ciganos que ainda preservam a língua regional, Kali representa negra. Há algum tempo, existe esta confusão idiomática, envolvendo a cor da pele da Santa.Para os Calons, seria Santa Sara Kalín (a cigana) e não Santa Sara - a negra. Paralelamente, a história de Sarah chegou à Índia, onde os ciganos a associaram à deusa Kali, negra, poderosa, transformadora.
Outra versão conta que Sara era moradora de Camargue e teve piedade das Marias, resolvendo ajudá-las. Também dizem que ela era uma rainha das terras de Camargue ou uma sacerdotisa do antigo culto celta ao deus Mitra. Uma das explicações para estas histórias é que em Camargue existiram várias colônias de antigas civilizações, como a egípcia, a cretense, a fenícia e a grega. Por isso, muitos poetas e menestréis contaram a história de Sara, de acordo com o que ouviram de seu povo, e assim, o mito em torno dessa poderosa santa foi difundido pelo mundo e ela continua, até hoje, a ser adorada entre as comunidades ciganas. Nos dias atuais, a santa padroeira dos ciganos é comemorada com muitos rituais e tradições por mais de 15 milhões de ciganos espalhados em diferentes pontos da Europa, Ásia, África, Austrália e Nova Zelândia.
Para preservar a história original de Santa Sara Kali, é necessário lembrar que a igreja católica santificou-a como SANTA e, que é dessa forma que o povo cigano a cultua (e não em rituais).
Aqui no Brasil, Santa Sara divide a preferência dos ciganos brasileiros com Nossa Senhora Aparecida e São Jorge Guerreiro. Os ciganos brasileiros adoram Nossa Senhora de Aparecida, talvez por causa de sua cor, e muitos a equiparam à Santa Sara Kali. Se não têm a imagem dela, por ser difícil encontrá-la, por certo possui em sua Thiera (barraca) ou casa uma imagem de Nossa Senhora de Aparecida. Às vezes têm as duas.
Certo é que ela é a mais venerada Santa para os ciganos e todo acampamento cigano conduz uma estátua da virgem negra depositada num altar de uma das tendas cercadas por velas, incenso, flores, frutas e alimentos.

Atualmente, as relíquias da Santas: Sara, Maria Jacobé e Maria Salomé, encontram-se na capela alta da Igreja de SAINTES-MARIES-DE-LA-MER; uma construção erguida desde o século IX, no antigo local do oratório dos discípulos. Contam-se as lendas que os restos mortais de Sara foram encontrados por um rei em 1448 e depositados na cripta da pequena Igreja de Saint-Michel.
No local são cumpridas promessas, feitas à Santa Sara Kali. Milhares de velas acesas são oferecidas à Santa. Em conseqüência disto, o calor torna-se intenso, não sendo possível às pessoas permanecerem muito tempo no local. Dizem até que o gás carbônico liberado pela queima das velas tornou a imagem da Santa Sara Kali escura, havendo até uma modificação na crença da cor da pele da Santa.
Além de trazer saúde e prosperidade, Sara Kali é cultuada também pelas ciganas por ajudá-las diante da dificuldade de engravidar. Para as mulheres ciganas, o milagre mais importante da vida é o da fertilidade porque não concebem suas vidas sem filhos. Quanto mais filhos a mulher cigana tiver, mais dotada de sorte ela é considerada pelo seu povo. A pior praga para uma cigana é desejar que ela não tenha filhos e a maior ofensa é chamá-la de DY CHUCÔ (ventre seco). Talvez seja este o motivo das mulheres ciganas terem desenvolvido a arte de simpatias e garrafadas milagrosas para fertilidade.
Muitas que não conseguiam ter filhos faziam promessas a ela, no sentido de que, se concebessem, iriam à cripta da Santa, fariam uma noite de vigília e depositariam em seus pés como oferenda um diklô (lenço), o mais bonito que encontrassem. E lá existem centenas de lenços, como prova que muitas ciganas receberam esta graça.
As mulheres ciganas também confeccionam saias, com as quais vestem a imagem da Santa.
A proteção de Sarah confere às pessoas emanações sempre benéficas que representam simbolicamente o ventre da sua mãe, seu sorriso, a irmã e a rainha: a "phuri dai" secreta dos Roms. Dizem que a pessoa de bom coração consegue ver o sorriso na estátua de Santa Sara. Verá que tanto seu sorriso como o dela estarão diferentes. Para os ciganos a estátua de Sara está carregada. Nela se condensam as energias sutis de muitas gerações de ciganos feiticeiros. Ela sempre atende a todos, principalmente às pessoas que têm a intuição mais desenvolvida e usam os oráculos como forma de divinação.
É de costume festejar as slavas (promessas ou comemorações em homenagem a algum santo). A Slava de Sara Kali é nos dias 24 e 25 de maio. A Slava de Nossa Senhora de Aparecida coincide com a comemoração dos gadjés, a 12 de outubro. Na Slava, é oferecido um banquete ao santo homenageado, onde é colocado o Santo do Dia no centro da mesa, em lugar de destaque e junto a Ele, um manrô (pão) redondo, que é furado no meio e onde coloca-se um punhado de sal junto com a vela. Esse pão é posto em uma bandeja cheia de arroz cru, para chamar saúde e prosperidade e, ao término do almoço, ele é dividido entre os convidados pelos donos da casa, junto com essas palavras de bençãos:

THIE AVÊS THIAILÔ LOM, MANRÔ TAI SUNKAI
(Que você seja abençoado com o sal, com o pão e com ouro).

segunda-feira, 14 de maio de 2012

BARALHO CIGANO


OS MISTÉRIOS DO BARALHO CIGANO
por Sandy

A origem das cartas do Baralho Cigano permanece na obscuridade e se perde nos tempos.
Muito se tem dito sobre como surgiu o primeiro Baralho Cigano, mas fico com a versão de alguns pesquisadores que afirmam que as primeiras cartas ciganas surgiram nas mãos de Madame Lenormand, senhora da corte européia no século VIII, nascida em Alençon na França no ano de 1772.
Madame Lennormand foi muito conhecida pelas suas predições aos homens da corte, entre eles Napoleão Bonnapart, ao qual ela previu sua ascensão e queda.
Tinha contato constante com ciganos europeus, aprendendo com eles a arte de ler as Cartas Ciganas. Posteriormente, fez uma adaptação do "exótico" baralho usado por ciganos para a nossa realidade não cigana, representada por figuras do nosso cotidiano e introduzindo nestas cartas as figuras do
baralho de naipes.
Assim estas cartas passaram a ser utilizadas não somente pelos que não eram ciganos, mas também pelas mulheres ciganas. Atualmente existem diversos tipos de Baralhos Ciganos no mercado, assim como um vasto material sobre cartas que poderão ser muito úteis àqueles que se interessarem e que desejam se
aprofundar no assunto.
Felizmente podemos acessar informações que permaneceram anteriormente obscuras devido a tabus, preconceitos e mesmo perseguições. E o ato de oracular é uma destas informações.
Sendo as cartas um instrumento sagrado, deve ser respeitado e requer cuidados especiais ao utilizá-lo como instrumento de trabalho.
É interessante salientar que nos símbolos das cartas do Baralho Cigano está inserida a energia dos Orixás onde encontramos Yemanjá na carta 3 - O Navio; Oxôssi na carta 5, A Árvore; Iansã na carta 6 - As Nuvens; Oxumaré na carta 7- A Cobra; Nana na carta 9- O Ramalhete; Obaluayé na carta 10 - A foice;
Êre na carta 13, A Criança; Ossayan, na carta 20- O Jardim; Xangô na carta 21 - A Montanha; Ogum na carta 22 - Os caminhos, Oxum na carta 30 - Os Lírios e Oxalá na carta 31 - O Sol.
Desta forma é possível conhecermos Os Orixás (que são energias vibratórias
da natureza) que o consulente está sob a proteção.
Felizmente muitas pessoas já conhecem e fazem uso do Baralho Cigano para ter informações e orientação sobre seu lado profissional, espiritual e afetivo.
Através dele teremos uma visão ampla do que está se passando na vida do consulente.
O momento atual, o que levou a esta situação e acontecimentos vindouros; mas lembrando sempre que cada um de nós tem o livre arbítrio e que com atitudes corretas no presente poderemos plantar um futuro melhor.
Para àqueles que desejam aprender esta arte de "oracular" se faz necessário conhecer bem os significados das cartas e suas possíveis combinações. Ao ler as cartas estamos utilizando a percepção sensorial e extra-sensorial. Portanto nos requer desenvolvê-la cada vez mais através de exercícios de
meditação e outros que nos serão muito úteis no momento da leitura.
Lidar com estas cartas é algo muito sério, pois estamos lidando com energia,magia, alquimia, mente, pessoas e suas futuras escolhas. Praticar bastante e ter antes de tudo amor pelo que se propõe a fazer são posturas fundamentais para quem deseja trabalhar com as cartas.
Devemos sempre agradecer e valorizar este ensinamento que nos feito deixado pelo Povo Cigano, que abrindo as portas do "conhecimento" de seu povo e de sua "magia", nos permitiu também fazer uso deste magnífico oráculo que são as Cartas Ciganas. É muito importante observar atenciosamente as combinações
entre as cartas para obter a interpretação correta. Usar bons métodos de jogos e praticar bastante.

domingo, 13 de maio de 2012

OBJETOS DE PROTEÇÃO, PODER E SORTE

A magia cigana criou-se juntamente com a Natureza, pois esta existe desde sempre, e também não se tem uma data exata para o surgimento do Milenar Povo Cigano, que vivendo diretamente em contato com ela, aprenderam que tinham nela a maior aliada que poderiam desejar. Lutando muitas vezes contra os obstáculos do tempo e suas mudanças, os ciganos aprenderam a fazer seus próprios remédios, para o corpo e para a alma, chás e banhos, para a renovação de sua força física e psíquica.

Sendo também, profundos conhecedores da alma humana, os ciganos aprenderam  que coisas como inveja (mau olhado), rivalidade, antagonismo, incompreensão e preconceito, se tornavam perigosas armas contras as quais necessitavam lutar de uma forma pacífica e eficaz, de posse do que tinham nas mãos: OS ELEMENTOS DA NATUREZA.

Surgiu assim, a magia cigana, com elementos próprios aliados às diferentes tradições de cada clã, e que somados a fé característica deste Povo, fizeram nascer uma poderosa forma de magia, pois, utilizava as forças permanentes, que sempre estiveram neste Planeta.

Entre os diversos itens presentes na magia cigana, citamos alguns:

BANHOS DE ERVAS E FLORES – as mais diversas ervas e flores. Suas combinações são usadas para banhos de amor, abertura de caminhos, para atrair sorte, poder e  amizades; para bloquear influências negativas, para acalmar o sono das crianças,etc.

BEBIDAS E  CHÁS – Os ciganos sempre foram mestres aproveitar as energias presentes em frutas e ervas. Entre os diversos tipos de bebidas, estão os vinhos preparados com frutas, misturados com especiarias, para fins de união entre casais, fertilidade, e chás para confraternização, nervos abalados, e acalmar o sono de mulheres que acabaram de dar à luz.

OBJETOS DE PROTEÇÃO E SORTE

 Símbolos, amuletos e talismãs são objetos de proteção, de força, aos quais se atribui um poder místico que está ligado com sua forma e a simbologia que eles representam. O punhal, o violino, o pandeiro, o leque, o xale, as medalhas e as fitas coloridas; o coral, o âmbar, o ônix, o abalone, a concha marinha (vieira), o hipocampo (cavalo-marinho), a coruja (mocho), o cavalo, o cachorro, o galo e o lobo são símbolos sagrados para o povo cigano.

A verbena, a sálvia, o ópio, o sândalo e algumas resinas extraídas das cascas das árvores sagradas são ingredientes indispensáveis na manufatura caseira de incensos, velas e sais de banho, mesclados com essências de aromas inebriantes e simplesmente usados nas abluções do dia-a-dia, nos contatos sociais e comerciais, nos encontros amorosos e principalmente nos ritos iniciáticos, de uma forma sensível e absolutamente mágica, conferindo grandes poderes.

ÂNCORA
Simboliza segurança. É usado para trazer segurança e equilíbrio no plano físico, financeiro e para se livrar de perdas materiais.

CHAVE
Simboliza as soluções. É usado para atrair boas soluções aos problemas. O símbolo da chave quando trabalhado no fogo costuma atrair sucesso e riquezas.

CORUJA
Simboliza "o ver a totalidade". É usado para ampliar a percepção com a sabedoria possibilitando ver a totalidade: o consciente e o inconsciente.

ESTRELA DE 5 PONTAS
O pentagrama (estrela de 5 pontas) simboliza o Homem Integral (de braços e pernas abertos) interagindo em perfeita harmonia com a plenitude da existência. Simboliza evolução. É usado para proteção, além de estar associado à intuição, sorte e êxito. A estrela representa o domínio dos cincos sentidos.

ESTRELA DE 6 PONTAS
Simboliza proteção. É usado como talismã de proteção contra inimigos visíveis e invisíveis. Também conhecida como Estrela Cigana e Estrela de David. A Estrela Cigana é o símbolo dos grandes chefes ciganos. Possui seis pontas, formando dois triângulos iguais que indicam a igualdade entre o que está em cima e o que está embaixo. Representa sucesso e evolução interior.

FERRADURA
Simboliza energia e sorte. É usado para atrair energia positiva e boa sorte. A ferradura representa o esforço e o trabalho. Os ciganos têm a ferradura como um poderoso talismã que atrai a boa sorte, a fortuna e afasta a má sorte.

LUA
Simboliza a magia e os mistérios. A lua é usada geralmente pelas ciganas para atrair percepção, o poder feminino, a cura e o exorcismo, atentando sempre às fases nova, crescente, cheia e minguante. A lua cheia é o maior elo de ligação com o sagrado, sendo chamada de madrinha. As grandes festas sempre acontecem nas noites de lua cheia.

MOEDA
Simboliza proteção e prosperidade. É usado contra energias negativas e para atrair dinheiro. A moeda é associada ao equilíbrio e à justiça e é relacionada às riquezas materiais e espirituais representadas pela cara e coroa. Para os ciganos, cara é o ouro físico, e coroa, o espiritual.

PUNHAL
Simboliza a força, o poder, vitória e superação. É muito usado nos rituais de magia e tem o poder de transmutar energias. Os ciganos também usavam o punhal para abrir matas, sendo então um dos grandes símbolos de superação e pioneirismo, além da roda. O punhal também é usado na cerimônia cigana de noivado e casamento, quando é feito um corte nos pulsos dos noivos, em seguida amarrados com um lenço vermelho, representando a união de duas vidas em uma só.

RODA
O grande símbolo geométrico do Povo Cigano é o Círculo Raiado - representando a roda da carroça que gira pelas estradas da vida - provando a não linearidade do tempo e do espaço. Simboliza a Sansara, representando o ir e vir, o circular, o passar por diversos estados, o ciclo da vida, morte e renascimento, e é usado para atrair a grande consciência, a evolução, o equilíbrio. É o grande símbolo cigano, e é representado pela "roda dos vurdón que gira".

TAÇA
Simboliza união e receptividade, pois qualquer líquido cabe nela e adquire sua forma. Tanto que, no casamento cigano, os noivos tomam vinho em uma única taça, que representa valor e comunhão eterna.

TREVO
É o símbolo mais tradicional de boa sorte. Trevo de quatro folhas: traz felicidade e fortuna. Quando se encontra um trevo de quatro folhas na natureza, pode-se esperar sempre boas notícias.


Incensos – De acordo com sua fragrância, atuam das mais variadas formas, desde a limpeza de ambientes (Cedro, Lavanda e Alecrim), para a prosperidade (Canela, Maçã, e Cravo), e magias de amor (Dama da Noite, Rosas, Verbena).

Que o Povo Cigano e sua Sabedoria protejam seu caminho e  tragam inspiração e beleza à sua vida.

Salve Santa Sara e todo o povo cigano!!!
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Santa Sara kali

AMOR À VIDA DA TERRA....

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"O sentimento é uma flor delicada;
manuseá-la é machucá-la."